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O mercado passou por uma onda de reposicionamentos marcantes. Marcas brasileiras e globais revisitaram sua identidade para acompanhar mudanças de comportamento, amadurecimento interno e a necessidade de competir em um ecossistema cada vez mais digital. Em muitos casos, o rebranding não foi apenas estético, mas estratégico. Uma mudança que impactou percepção, resultados e a própria cultura organizacional.

Neste artigo, reunimos os principais cases desse período. O objetivo é compreender o que cada marca transformou, o motivo da decisão e, principalmente, quais resultados alcançou. São aprendizados valiosos para líderes que buscam evolução de marca com propósito, consistência e impacto real.

Nubank, quando maturidade e expansão global pedem uma nova narrativa

Em 2022, o Nubank refinou sua identidade visual. Ajustou curvas, ícones e principalmente a tonalidade do roxo característico. Sem romper com sua essência jovem, a marca buscou transmitir estabilidade e sofisticação, símbolos da nova fase da empresa.

A motivação foi clara. Após anos de crescimento acelerado, o Nubank já não era apenas uma fintech desafiadora. Era uma instituição global em expansão. O reposicionamento precisava comunicar confiança e preparo para operar em escala internacional.

Os resultados comprovaram o acerto. A marca alcançou posições de destaque nos rankings de valor de marca, consolidou presença em novos mercados e ampliou sua base para cerca de 119 milhões de clientes em 2025. O rebranding reforçou atributos de confiabilidade e solidez, aspectos essenciais para o setor financeiro.

Burger King, autenticidade e nostalgia para reconquistar o público

Em 2021, o Burger King apresentou um rebranding que rapidamente virou referência global. O novo visual resgatou elementos clássicos da marca, criando uma estética retrô que uniu autenticidade e modernidade.

A motivação foi estratégica. A marca havia reformulado seu cardápio com ingredientes reais, mas isso não era percebido pelo consumidor. Era preciso alinhar imagem e produto. A nostalgia proporcionou conexão emocional, enquanto a simplicidade visual reforçou transparência e qualidade.

Os resultados incluíram aumento significativo na intenção de compra, engajamento massivo nas redes e impacto positivo no valor das ações. Um case que mostra como design e estratégia podem transformar percepção de valor.

Itaú, modernização sem perder a essência

Às vésperas de completar 100 anos, o Itaú revisitou sua marca em 2023. O logotipo ganhou formas mais orgânicas e o laranja passou a protagonizar a identidade. A proposta foi equilibrar tradição e inovação, reforçando a conexão emocional da marca sem abrir mão da segurança que a consolidou no setor.

A mudança foi estratégica. Em um cenário marcado pelo crescimento dos bancos digitais, o Itaú precisou reafirmar relevância e competitividade. O novo posicionamento “Feito de Futuro” simboliza exatamente isso, uma instituição centenária que continua evoluindo.

Os resultados iniciais mostram aceitação positiva. O Itaú segue como a marca mais valiosa do país e mantém sólida preferência entre diferentes públicos. O rebranding reforçou sua autoridade ao mesmo tempo que modernizou sua presença no mercado.

O que esses cases nos ensinam? Lições valiosas para líderes que buscam evolução de marca

  • Rebranding não é estética, é estratégia:

Cada mudança apresentada nasce de uma necessidade real. Expansão, reposicionamento, amadurecimento, inovação ou revisão de percepção. O design é consequência da estratégia, não o contrário.

  • Identidade de marca precisa acompanhar a evolução do negócio

Se a empresa cresce, a marca precisa evoluir com ela. Caso contrário, a percepção fica defasada e limita o potencial da organização.

  • A mudança de marca impacta resultados

Os cases mostram efeitos diretos em venda, engajamento, percepção, valor de marca e competitividade. Rebranding bem conduzido é investimento, não custo.

O mundo assistiu marcas de diferentes segmentos revisitando sua identidade para se manterem relevantes. Cada uma com seu contexto, mas todas com um ponto em comum, a necessidade de comunicar ao mercado qual é seu próximo passo.

Para líderes que avaliam uma mudança de marca, o caminho começa com diagnóstico profundo, entendimento das dores e clareza de propósito. Rebranding bem-sucedido é resultado de estratégia sólida, execução consistente e integração entre branding, tecnologia e cultura.

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